O coração da jovem palpitava cada vez mais acelerado. Que verdade seria essa? Tudo o que Izayoi queria era saber um meio de voltar para sua casa. Começou a olhar fixamente para o círculo de água.
Os magos ao redor entregaram a Eliot um báculo dourado.
- Não vejo nada – disse Izzy.
Eliot tocou a borda do círculo com o báculo. A água começou a ficar agitada.
- E agora? – perguntou o mago.
A água mágica começou a mostrar imagens de um mundo que Izayoi não conhecia. Mostrava o céu, florestas, aldeias, crianças brincando, animais e tantas outras coisas que a encantaram. Eram lugares lindos.
- Sim. Diversas imagens – respondeu a garota.
- Esta é Farh.
- Então existem muitos outros lugares além deste? – indagou com espanto.
- Kirpa é apenas uma pequena gota em um oceano. Todas essas imagens que você vê são lugares de Farh.
- E como eu nunca ouvi falar desse lugar antes. Está no mapa mundi? Os cientistas já descobriram? – questionava a garota, já imaginando que havia feito uma descoberta científica.
Eliot sorriu mais abertamente.
- Farh fica localizado no mundo interior. Você vivia no mundo exterior. Não há conexão entre os mundos. Ninguém daquele mundo pode vir a este, a não ser o escolhido.
- Escolhido?
Eliot, mais uma vez, tocou o círculo com seu báculo. Neste instante as imagens mudaram novamente. Mostrava, agora, lugares sendo cobertos por uma densa escuridão, e um medalhão.
- Este é o medalhão do poder. Toda Farh é mantida por ele. Ninguém sabe ao certo a extensão de seus poderes. Só a dinastia real pode controlá-lo. Aquele que tiver o controle sobre ele pode trazer a paz ou caos para Farh, pode salvar ou destruir. Todos os reis que se assentaram no trono desejavam a paz, e nossa terra se manteve estável, pelo menos até agora.
Eliot abaixou a cabeça em sinal de tristeza.
- O nosso Rei Zef faleceu e deixou o trono para sua herdeira Izabo. O extremo poder do medalhão a corrompeu, e Farh está sendo tragada pelas trevas assim como o coração da nossa princesa. O nosso mundo não tem outra escolha, se o medalhão não for destruído, logo estará completamente na escuridão. Isso já foi previsto numa profecia muito antiga.
- Se o medalhão for destruído, esse mundo não será destruído junto com ele? – perguntou a moça.
- Diz à lenda que um guerreiro escolhido do mundo exterior viria a este mundo. Com sua força, despertaria a única arma capaz de destruir o medalhão do poder. A arma que dorme nas longínquas terras de Kinslei, onde o céu toca o chão. Ela foi forjada com um raro metal, que sobreviveu desde os tempos mais antigos. Metal que possui vida. No nosso mundo não há mais nenhum metal como este. Com essa arma, destruiria o medalhão corrompido e o poder que rege nosso mundo seria purificado, se restaurando em outro símbolo, trazendo a paz para sempre.
- Metal vivo?
- Exatamente, por isso ninguém sabe que forma essa arma lendária possui.
- Como você conseguiu flutuar sobre o lago? Como conseguiu fazer aquilo com o chão?
- No mundo em que foi criada, tudo em que se acredita é naquilo que se pode tocar, porém aqui você deverá aprender a crer em coisas muito além do que seus olhos podem ver; naquilo que ainda não pode tocar.
-Então, você conseguiu fazer todas aquelas coisas simplesmente acreditando?
- Acreditar não é simples. Tirar por completo todas as dúvidas do coração pode-se levar tempo.
- E esse guerreiro lendário, poderá fazer todas essas coisas?
- Isso e muito mais. Poderá evocar poderes ainda mais fantásticos, utilizando apenas a força de seu coração.
- E você presume que esse guerreiro sou eu?
- Somente o escolhido pode atravessar os mundos.
- Deve haver algum engano. Eu jamais peguei numa arma antes, nem mesmo numa de brinquedo. Não sei lutar. Sinto muito pelo problema de vocês, mas isso não tem nada haver comigo. Não consigo nem ficar em primeiro lugar no teste geral. Eu não sou esse guerreiro lendário. Vocês pegaram à garota errada.
- Sua vida tem um propósito. Não nasceu por culpa do acaso, mas está em suas mãos cumprir com esse propósito ou não.
A jovem sentia um aperto em seu peito. Será que aquela visão que teve antes de chegar aqui era do futuro? O futuro negro que esperava o povo de Farh? Daria as costas para um povo inteiro? - um grito ecoou no salão tirando a garota de seus pensamentos.
- Mestre! Mestre! – gritou-se atrás do enorme portal do salão principal.
- Portal! – disse Eliot, apontando o enorme báculo.
Imediatamente o portal se abriu e um dos homens que pertencia à escolta entrou na sala em desespero.
- O escudo foi quebrado. Nossos homens se preparam para a batalha.
- Só há uma pessoa com poderes para tanto – afirmou o mago comandante.
- Quem poderia fazer algo assim, Eliot? – disse Izzy interropendo a conversa.
Eliot olhou para o chão com o semblante caído, como alguém que lamenta profundamente. Novamente ergueu seu rosto e virando-se para jovem respondeu:
- O corcel negro.
Os magos ao redor entregaram a Eliot um báculo dourado.
- Não vejo nada – disse Izzy.
Eliot tocou a borda do círculo com o báculo. A água começou a ficar agitada.
- E agora? – perguntou o mago.
A água mágica começou a mostrar imagens de um mundo que Izayoi não conhecia. Mostrava o céu, florestas, aldeias, crianças brincando, animais e tantas outras coisas que a encantaram. Eram lugares lindos.
- Sim. Diversas imagens – respondeu a garota.
- Esta é Farh.
- Então existem muitos outros lugares além deste? – indagou com espanto.
- Kirpa é apenas uma pequena gota em um oceano. Todas essas imagens que você vê são lugares de Farh.
- E como eu nunca ouvi falar desse lugar antes. Está no mapa mundi? Os cientistas já descobriram? – questionava a garota, já imaginando que havia feito uma descoberta científica.
Eliot sorriu mais abertamente.
- Farh fica localizado no mundo interior. Você vivia no mundo exterior. Não há conexão entre os mundos. Ninguém daquele mundo pode vir a este, a não ser o escolhido.
- Escolhido?
Eliot, mais uma vez, tocou o círculo com seu báculo. Neste instante as imagens mudaram novamente. Mostrava, agora, lugares sendo cobertos por uma densa escuridão, e um medalhão.
- Este é o medalhão do poder. Toda Farh é mantida por ele. Ninguém sabe ao certo a extensão de seus poderes. Só a dinastia real pode controlá-lo. Aquele que tiver o controle sobre ele pode trazer a paz ou caos para Farh, pode salvar ou destruir. Todos os reis que se assentaram no trono desejavam a paz, e nossa terra se manteve estável, pelo menos até agora.
Eliot abaixou a cabeça em sinal de tristeza.
- O nosso Rei Zef faleceu e deixou o trono para sua herdeira Izabo. O extremo poder do medalhão a corrompeu, e Farh está sendo tragada pelas trevas assim como o coração da nossa princesa. O nosso mundo não tem outra escolha, se o medalhão não for destruído, logo estará completamente na escuridão. Isso já foi previsto numa profecia muito antiga.
- Se o medalhão for destruído, esse mundo não será destruído junto com ele? – perguntou a moça.
- Diz à lenda que um guerreiro escolhido do mundo exterior viria a este mundo. Com sua força, despertaria a única arma capaz de destruir o medalhão do poder. A arma que dorme nas longínquas terras de Kinslei, onde o céu toca o chão. Ela foi forjada com um raro metal, que sobreviveu desde os tempos mais antigos. Metal que possui vida. No nosso mundo não há mais nenhum metal como este. Com essa arma, destruiria o medalhão corrompido e o poder que rege nosso mundo seria purificado, se restaurando em outro símbolo, trazendo a paz para sempre.
- Metal vivo?
- Exatamente, por isso ninguém sabe que forma essa arma lendária possui.
- Como você conseguiu flutuar sobre o lago? Como conseguiu fazer aquilo com o chão?
- No mundo em que foi criada, tudo em que se acredita é naquilo que se pode tocar, porém aqui você deverá aprender a crer em coisas muito além do que seus olhos podem ver; naquilo que ainda não pode tocar.
-Então, você conseguiu fazer todas aquelas coisas simplesmente acreditando?
- Acreditar não é simples. Tirar por completo todas as dúvidas do coração pode-se levar tempo.
- E esse guerreiro lendário, poderá fazer todas essas coisas?
- Isso e muito mais. Poderá evocar poderes ainda mais fantásticos, utilizando apenas a força de seu coração.
- E você presume que esse guerreiro sou eu?
- Somente o escolhido pode atravessar os mundos.
- Deve haver algum engano. Eu jamais peguei numa arma antes, nem mesmo numa de brinquedo. Não sei lutar. Sinto muito pelo problema de vocês, mas isso não tem nada haver comigo. Não consigo nem ficar em primeiro lugar no teste geral. Eu não sou esse guerreiro lendário. Vocês pegaram à garota errada.
- Sua vida tem um propósito. Não nasceu por culpa do acaso, mas está em suas mãos cumprir com esse propósito ou não.
A jovem sentia um aperto em seu peito. Será que aquela visão que teve antes de chegar aqui era do futuro? O futuro negro que esperava o povo de Farh? Daria as costas para um povo inteiro? - um grito ecoou no salão tirando a garota de seus pensamentos.
- Mestre! Mestre! – gritou-se atrás do enorme portal do salão principal.
- Portal! – disse Eliot, apontando o enorme báculo.
Imediatamente o portal se abriu e um dos homens que pertencia à escolta entrou na sala em desespero.
- O escudo foi quebrado. Nossos homens se preparam para a batalha.
- Só há uma pessoa com poderes para tanto – afirmou o mago comandante.
- Quem poderia fazer algo assim, Eliot? – disse Izzy interropendo a conversa.
Eliot olhou para o chão com o semblante caído, como alguém que lamenta profundamente. Novamente ergueu seu rosto e virando-se para jovem respondeu:
- O corcel negro.